Sem Dúvidas, um clássico da animação
Depois de anos jogados no limbo, os estúdios Disney renascem para o sucesso com o longa-metragem de animação A Bela e a Fera ( 91 ), que foi indicado para o Oscar de melhor filme e recebeu os Oscar de trilha e canção, feito que Aladdin ( 92 ), repetiu na cerimônia de 1993. Por isso, confiantes na retomada dos longas de animação, os mesmos estúdios dão um espaço de dois anos para lançar um dos mais belos desenhos da história do gênero, O Rei Leão, que com justiça merece receber a denominação de clássico. Durante três anos a equipe de 600 animadores ,artistas e técnicos criou mais de 1 milhão de desenhos e ainda utilizou os processos mais modernos de computação gráfica para a realização de uma única seqüência – a do estouro da manada de gnus. Com apenas 2 minutos de duração, esta seqüência demorou dois anos para ser completada, e sua confecção exigiu dos artistas um esforço muito maior que a da dança no baile de A Bela e a Fera e a da queda na caverna mágica de Aladdin, consideradas de difícil realização.
No total, O Rei Leão tem 1.190 cenas individuais e utiliza 1.155 planos de fundo para contar a saga do leãozinho Simba, exilado de sua terra por ser acusado da morte de seu pai, o rei Mufasa. Mas muito mais que a técnica,este 32 longa da Disney tem uma história emocionante – não é baseada em um conto de fadas ou em um clássico da literatura – e engraçada, cuja trilha sonora vendeu 7 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos – casa perfeitamente com as imagens. Além disso, não só as crianças que recolocarão a fita incontáveis vezes no videocassete; junto a elas, grudados na tela do televisor, estarão os adultos torcendo para que Simba reconquiste seu reino em nome do grande rei Mufasa.
Deborah Peleias